Sobre inspiração

Na palestra sobre veganismo que fiz em Recife me perguntaram de onde vinha minha inspiração pra criar receitas. Foi difícil responder essa pergunta, pois quando a gente vive mergulhada no processo de criação (e, acreditem, eu penso em comida na cama e até sonho com receitas enquanto durmo), parece que as ideias brotam por todos os lados. De onde vem a inspiração? Às vezes de um artigo sobre um determinado ingrediente que li em alguma revista, às vezes do menu de um restaurante (adoro ler menus de restaurantes bacanas, sempre encontro combinações nas quais não tinha pensando ainda), às vezes de algo que comi na casa de um amigo ou parente…

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Melancia

As primeiras melancias do ano apareceram na feira algumas semanas atrás e desde então tem sempre uma na minha geladeira. Acho melancia perfeita como ela é, mas de tanto dar de cara com essa fruta (sempre que abro a geladeira, o que acontece dezenas de vezes por dia), acabei tendo umas ideias. Por exemplo, descobri que ao juntar um pouquinho de hortelã picada e um fio de suco de limão sobre cubos de melancia, a fruta ganha um sabor todo especial e se torna uma sobremesa ainda mais refrescante. A inspiração veio da minha limonada rosa (se você ainda não experimentou aqui vai um conselho: prepare essa delícia assim que as melancias aparecerem na sua cidade) e acabei criando a versão sólida dessa receita. Mas minha vontade de inovar não parou por aí.

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A sobremesa que mudou a minha vida

creme voluptuoso de chocolate e laranja

Ano passado criei uma receita que mudou a minha vida pra sempre. Como ela tem um ingrediente inusitado, gostaria de poder servi-la pra vocês primeiro e só depois dizer o que tem dentro (é assim que faço quando sirvo essa receita pra convidados aqui em casa). Mas vocês podem admirar as fotos. Parece cremoso, voluptuoso e delicioso, não é?  Podem ter certeza que esse creme é tudo isso e muito mais!

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Geleia natural de morango e chia

geleia morango chia

Esse mês pretendo tratar da questão do açúcar na alimentação, mas antes de dividir com vocês todas as informações que juntei nos últimos anos (preparem-se que o negócio é pesado), achei que seria interessante publicar uma ou outra receita doce sem açúcar por aqui.

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Começando hoje

salada de frutas cítricas

Vários projetos interessantes estão aparecendo no meu horizonte e 2013 vai ser um ano supimpa! O único ponto negativo é que está cada vez mais difícil achar o tempo necessário pra manter o ritmo aqui no Papacapim. Talvez vendo de fora tudo pareça muito simples, mas muitas horas são necessárias pra criar cada post (comprar os ingredientes, cozinhar, fotografar, selecionar as fotos, escrever a receita, escrever o texto que acompanha a receita e colocar tudo isso no blog). E os artigos? Preciso de horas de pesquisas (às vezes dias), mais muitas horas de escritura (alguns posts que apareceram aqui precisaram de 10, 12 horas de escritura antes de ser publicados). Continuar lendo “Começando hoje”

Como fermentar legumes

Repolho fermentado

Temos cerca de dez vezes mais bactérias no intestino do que células no corpo.  Isso significa que passeamos pelo mundo com cem trilhões de bactérias dentro da barriga (um verdadeiro universo paralelo!) e devemos cuidar muito bem do nosso zoológico interior. Boa parte da nossa saúde depende da saúde de nossa flora intestinal (faria muito mais sentido charmar de “fauna intestinal”, não?). Por isso devemos cuidar das nossas bactérias ingerindo alimentos que as fortalecem. Comida boa pra nossa fauna intestinal é comida fermentada, que traz uma enxurrada de amiguinhas pra nossa população de bactérias (não se preocupe, ainda cabe mais aí dentro).

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Esse aqui é ainda mais vibrante

Tabule de couve-flor

Algumas semanas atrás fiz um jantar aqui em casa e uma das convidadas tinha alergia a glúten. Foi a segunda vez que fiz um jantar inteiro sem glúten e nesses momentos me dou conta do quanto o trigo é onipresente na nossa alimentação. Porque eu conheço a frustação de chegar em um lugar (casa de amigo ou restaurante) e não poder comer nada, decidi criar pratos sem glúten pra tornar menos complicada a vida dos amigos celíacos. Fazer comida vegana e ao mesmo tempo sem glúten pode parecer impossível, mas eu encarei mais essa restrição culinária como um desafio. Aprendi que as situações difíceis são ótimos estimulantes pra criatividade e tive idéias bem interessantes. Já testei uma versão sem glúten dos meus gnocchis (o resultado foi surpreendente) e descobri um prato tradicional do sul da França naturalmente vegano e sem glúten. Mas antes de dividir essas receitas, que ainda precisam de alguns retoques, eu queria falar do prato mais simples que saiu da minha cozinha nesses útlimos dias, uma adaptação do meu querido tabule.

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