Melancia

As primeiras melancias do ano apareceram na feira algumas semanas atrás e desde então tem sempre uma na minha geladeira. Acho melancia perfeita como ela é, mas de tanto dar de cara com essa fruta (sempre que abro a geladeira, o que acontece dezenas de vezes por dia), acabei tendo umas ideias. Por exemplo, descobri que ao juntar um pouquinho de hortelã picada e um fio de suco de limão sobre cubos de melancia, a fruta ganha um sabor todo especial e se torna uma sobremesa ainda mais refrescante. A inspiração veio da minha limonada rosa (se você ainda não experimentou aqui vai um conselho: prepare essa delícia assim que as melancias aparecerem na sua cidade) e acabei criando a versão sólida dessa receita. Mas minha vontade de inovar não parou por aí.

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Essa é a minha preferida

salada de beterraba e nozes1

Vocês sugeriram que eu publicasse mais receitas de sobremesas e cá estou eu com uma receita de salada (e isso logo depois de ter publicado uma receita de sopa!)… Mas o que posso fazer? Tem gente que saliva com tortas de chocolate e cheesecakes, outros com beterraba e sopas.

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A salada de Lila

Salada de batata com maçã e azeitona, ou “a salada de Lila”.

Eu já falei muito da minha irmã caçula aqui no blog, mas acho que nunca mencionei que tenho mais duas irmãs. Ao contrário de Lu e eu, elas não sentem nenhum afeto pela cozinha e a mais velha, Lila, é famosa pela falta de talento nesse departamento (ela tem vários outros talentos, garanto). Na hora de preparar comida, o que ela faz cada vez mais raramente, Lila junta a falta de interesse com a falta de paciência, mistura o que vir pela frente, corta as verduras em quatro (e se justifica dizendo “estilo chinês!”) e o resultado, embora comestível, nunca impressiona ninguém. Como eu disse, ela tem outros talentos e nem todo mundo faz questão de brilhar na cozinha como eu.

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Antes das férias… saladas

Panzanella

Todo ano vejo o mesmo fenômeno se repetir: as quatro semanas que antecedem as férias são as mais ocupadas do ano inteiro. Parece que as atividades vão se acumulando lentamente e discretamente, pra não chamar minha atenção, durante os outros onze meses do ano e um mês antes das férias, bum!, elas explodem na minha cara. Acredito que isso aconteça com a maioria das pessoas, às vezes mais de uma vez por ano (eu também estava nesse estado antes do natal). Mas eu aguento caladinha porque no final tem uma super recompensa: férias. Só eu, minhas olheiras e meus músculos doloridos sabemos o quanto preciso de descanso. Sem contar que minha cabeça cheia precisa ser esvaziada, pelo menos parcialmente, do seu conteúdo pra deixar espaço pra idéias novas se instalarem.

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De amor e de veganismo

Salada de lentilha e pera

Quando comecei a cozinhar pra Anne, no início do nosso relacionamento, eu me deparei com o problema que muitos veganos enfrentaram (ou enfrentarão) algum dia: eu tinha me apaixonado por uma onívora e não sabia o que preparar pro jantar. Minha amada não era só onívora, ela era francesa. Na França uma refeição só é digna desse nome se nadar na manteiga e no creme, tiver pelo menos dois tipos de bicho morto e terminar com uma bandeja de queijos. Pior ainda, minha amada onívora francesa vinha da Auvergne, uma região no coração da França, famosa por transformar porquinhos indefesos em um número inimaginável de produtos comestíveis. Lá os bebês passam do mingau diretamente pro salame (Só Jesus Cristo salva!). Pensei: “Onde fui amarrar o meu bode?” (Se você não tem família morando na caatinga e desconhece o palavriado local, aqui vai a tradução: “Onde fui me meter?”)

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