Salada do mar

tofu sedoso
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Eu compro a maior parte da comida que entra aqui em casa num mercado orgânico (o ‘marché des tanneurs’). Foi lá que gravamos partes do vídeo sobre O GPAS. Os preços são excelentes (às vezes até mais baratos do que comida não orgânica de supermercado), os produtos são fresquíssimos e, na sua maioria, locais, o lugar é super agradável e o pessoal que trabalha lá é extremamente simpático. O único defeito é ser um pouco longe da minha casa.

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Sobre inspiração

Na palestra sobre veganismo que fiz em Recife me perguntaram de onde vinha minha inspiração pra criar receitas. Foi difícil responder essa pergunta, pois quando a gente vive mergulhada no processo de criação (e, acreditem, eu penso em comida na cama e até sonho com receitas enquanto durmo), parece que as ideias brotam por todos os lados. De onde vem a inspiração? Às vezes de um artigo sobre um determinado ingrediente que li em alguma revista, às vezes do menu de um restaurante (adoro ler menus de restaurantes bacanas, sempre encontro combinações nas quais não tinha pensando ainda), às vezes de algo que comi na casa de um amigo ou parente…

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Sinto que preciso de férias

Salada morna de cogumelo e milho

Recuperei um pouco da energia gasta durante a maratona culinária da semana passada, mas como trabalho nos sábados (dia de aula de culinária no campo de refugiados) só tenho uma folga por semana, no domingo, e nunca parece suficiente. Sinto que preciso de férias. Mais precisamente de uma rede, uma água de coco, um cachorro embaixo da rede (ajuda muito a relaxar) e vários dias de ócio. Adoro a Palestina, no momento não gostaria de morar em nenhum outro lugar do mundo, mas pra manter a sanidade mental é preciso sair daqui de vez em quando. Por isso daqui a um pouco mais de uma semana vou bater asas novamente.

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Está faltando alguma coisa no seu prato?

Burguer de lentilha e beringela

Esse fim de semana hospedamos uma amiga australiana aqui em casa. Eu não conheço muitos australianos, mas parece que o churrasco é uma parte essencial da vida deles. Essa amiga se comportou como uma boa australiana adoradora de churrasco durante os últimos 61 anos, mas mês passado ela recebeu uma notícia que a fez refletir sobre suas escolhas alimentares. Seu médico avisou que com a taxa de colesterol e pressão altíssimas, casos de infarto na família e muitos quilos em excesso, ela se encontrava em uma situação de alto risco. O alarme na cabeça dela disparou e dias depois ela chegou aqui em casa dizendo que queria ser vegana por três meses pra baixar suas taxas e recuperar a saúde perdida. Quando eu disse que Bill Clinton também estava seguindo um regime quase exclusivamente vegano (ele come peixe de vez em quando) pelos mesmos motivos, ela se empolgou ainda mais. Se Bill conseguiu, ela também ia conseguir! Antes de ir embora ela me pediu dicas sobre alimentação vegetal, nutrição e até pegou emprestado um dos meus livros de receitas veganas.

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O que um vegano come, parte 1

Almoço

Quando digo as pessoas que sou vegana, a primeira pergunta que me fazem é “Você come o que?” e a segunda é “Por que?”. O por quê do meu veganismo foi explicado aqui e se você já deu uma olhada nas receitas do blog viu que eu tenho uma alimentação bem diversificada. É tão comum pensarem que só como salada que nem me importo mais quando dizem “Você só deve comer mato”. A prova é que escolhi chamar meu blog de “papacapim”. Mas, embora seja cansativo repetir sempre as mesmas coisas, acho que tenho a obrigação de esclarecer essa confusão. Não, eu não como capim. Eu como legumes, frutas, verduras, grãos, cereais, sementes, oleaginosas e algas marinhas. Quando escuto uma pessoa dizer “mas então você não pode comer nada”, fico triste por ela. Isso mostra o quanto sua alimentação é pobre, pouco diversificada. Estamos tão acostumados a comer carne, queijo, ovos e afins que acabamos deixando de lado os milhares de produtos de origem vegetal que a natureza nos oferece e que nosso corpo precisa e muito. Continuar lendo “O que um vegano come, parte 1”