Cada vez melhor

A vida está cada vez melhor por essas bandas. Faz dois meses e meio que me mudei pra Londres e só agora comecei a sentir a poeira da mudança baixar e ver uma certa rotina surgir. Já não aguentava mais carregar minha mala pelos metrôs londrinos. Felizmente acabei sendo acolhida por um grande amigo inglês da minha avó francesa (essa avó eu adotei quando era estudante universitária em Paris), que conheci 8 anos atrás, quando me ofereci pra traduzir pro Francês o livro que ele estava escrevendo. Andrew era pastor da igreja protestante e há décadas escreve um livro, em quadrinhos, pra explicar o que na opinião dele é a verdadeira mensagem de Jesus. Pra ele Jesus queria fazer uma revolução de classes e não estava nem um pouco interessado em religião. Adorei o projeto e aceitei traduzir parte dele. Quando me mudei pra Palestina abandonei a tradução por falta de tempo e hoje é a minha avó que cuida da versão francesa da obra de Andrew, que tem vários volumes.

Poucos dias depois de ter chegado aqui minha avó veio nos visitar. Ela ficou hospedada na casa de Andrew e uma noite fui jantar com eles. Andrew tinha preparado um cuscuz marroquino vegano pra nós e passamos a noite conversando sobre a Palestina, os livros dele e a dificuldade de encontrar aluguéis baratos em Londres.

Dias depois desse jantar me vi sentada no chão do quarto que eu tinha alugado por um mês, depois de uma semana de busca intensa por um teto londrino, cada vez mais chocada com o preços dos aluguéis nessa cidade e preocupadíssima com o fato de não estar ganhando dinheiro suficiente pra alugar nem o armário sob a escada onde Harry Potter dormia (eu estava trabalhando só dois dias por semana), quando bateu uma angústia profunda. Eu teria que sair daquela casa dali a poucos dias e ainda não tinha encontrado um novo lar e mesmo se tivesse encontrado, eu não teria dinheiro pra pagar o aluguel. Então senti muito medo e chorei. Mas depois de alguns minutos paralisada pelo medo, meu cérebro foi voltando a funcionar aos pouquinhos. Eu não ia ficar na rua. Tinha pelo menos um sofá amigo à minha disposição. Eu ia conseguir mais trabalho. Na pior das hipóteses eu tinha a quem pedir apoio (financeiro e emocional). Tudo ia dar certo. Então sequei as lágrimas e fui caminhar no parque do lado de casa. Acho que rolou até um suco verde no caminho de volta e dois dedos de prosa com o vendedor da loja de orgânicos da esquina.

No dia seguinte encontrei uma mensagem de Andrew no meu celular me convidando pra morar na casa dele. Um dos quartos da casa, que acolhia um amigo de passagem pela cidade, tinha acabado de ser desocupado. Liguei pra ele pra ter certeza que tinha entendido certo. Sim, o quarto era meu, se eu quisesse. Não, não precisava pagar nada. Nem sequer ajudar com as contas de água e luz. Eu podia me mudar no dia seguinte. Então dei vários pinotes de alegria e até hoje ando por aí com o peito transbordando gratidão, com uma vontade danada de mandar flores pro delegado, de bater na porta do vizinho e desejar bom dia, de beijar o português da padaria…

E foi assim que eu vim parar nessa casa. Andrew tem 73 anos e ficou viúvo dois anos atrás. Hoje ele mora com duas filhas (ele tem quatro filhos ao todo) e Dani, seu fiel companheiro de quatro patas, que sempre quando eu abro a porta me recebe como se eu fosse um dos Beatles. As meninas quase nunca param em casa e dormem muito na casa da terceira irmã, que acabou de ter bebê. Eu também passo pouco tempo aqui, já que agora trabalho todos os dias (alguns dias trabalho 10, 12 horas seguidas). Então nos encontramos à noite e na maior parte do tempo jantamos só nós dois, com Dani deitado embaixo da mesa. Andrew se sente muito sozinho depois de ter perdido a esposa e como os filhos passam cada vez menos tempo com ele, sinto que ele aprecia muito a minha companhia.

Sempre gostei muito de conversar com pessoas mais velhas e aprendo imensamente com essas interações. Outro dia Andrew me disse “Sabe, agora que estou velho descobri porque meu pai, no final da vida, e meu avó me irritavam tanto. Quando a gente fica velho pode continuar fazendo tudo que fazíamos antes, mas precisamos de muito mais tempo. Tudo fica mais lento e ainda não me acostumei com a minha recém adquirida lentidão. Agora as coisas mais banais exigem um esforço imenso, fico cansado tão facilmente. E hoje eu vejo a irritação no rosto dos meus filhos, a falta de paciência comigo. A mesma irritação e falta de paciência que eu sentia com o meu velho pai.”  Isso me partiu o coração, pois me fez lembrar que também sou culpada dessa falta de paciência com os meus pais. Contei pra ele que sempre que vejo um idoso caminhar lentamente e com dificuldade na rua fico ligeiramente constrangida de poder caminhar tão rápido e de passar por ele a toda velocidade. Então diminuo o ritmo e passo lentamente do lado do idoso, na esperança de não fazer com que ele se sinta diminuído pelo vigor que a juventude me dá. Ele riu e disse que eu não devia me sentir constrangida nessas situações e que eu provavelmente não faria o idoso se sentir melhor ao igualar o meu passo com o dele. E tenho certeza que ele está certo. Acho que ao invés de dar a impressão ao idoso de estar caminhando mais rápido, ele deve pensar: “Tadinha dessa moça. Tão jovem e já com problemas nas pernas”.

Andrew tem uma voz de trovão, uma farta barba branca e uma presença que ocupa todo o cômodo, mesmo agora que a saúde começou a dar sinais de fraqueza.  Ele me conta histórias sobre Jesus e os apóstolos, mas de acordo com a sua interpretação. Tudo que ele me fala é interessante e às vezes hilário. Adoro quando ele me explica, com a ajuda de passagens da Bíblia, que Jesus era um anarquista. Imagino a graça que seria oferecer essas lições às crianças da Escola Dominical. Morar em uma casa onde a rede wi-fi se chama “Jesus era um revolucionário” e a senha é “Deus dos marginais” não tem preço.

Meu quarto é bem pequeno e pela primeira vez desde que saí da casa da minha família em Natal, 13 anos atrás, durmo em uma cama de solteiro. Acho que o fato de morar com alguém muito mais velho que eu, dormir em uma cama de solteiro e passar todo o meu tempo em casa dentro do quarto (na sala tem uma televisão e poucas coisas me irritam mais do que esse aparelho) faz com que eu me sinta adolescente novamente. Depois de jantar com Andrew eu lavo a louça, dou um beijo naquele rosto barbudo, outro no ser peludo e saltitante que insiste em se instalar na minha cama quando não estou olhando, e subo por meu quarto. A jornada de uma cozinheira é pesada, principalmente quando passo o dia inteiro trabalhando, e caio na cama exausta. Mas eu sou uma daquelas pessoas que mesmo com o corpo moído e esgotado não conseguem achar o pitoco pra desligar a cabeça. Então gosto de ler na cama e a minha mesa de cabeceira abriga uma coleção pra lá de eclética. No momento tem: ‘A mulher independente’ de Simone de Beauvoir, um livro sobre poliamor chamado ‘The Ethical Slut’, dois livros de Andrew- ‘A Bíblia como Política’ e ‘Deus dos marginais’-, um livro chamado ‘Equal Rites’, recomendado por uma leitora, quatro livros de culinária, uma revista francesa feminista, uma revista inglesa vegana, um livreto sobre a conexão entre capitalismo, comunismo e liberação animal… Mas atualmente tenho um novo ritual na hora de dormir. Estou viciada em um podcast inglês chamado ‘Philosophy Bites’ e gosto de colocar os headphones, apagar a luz e escutar filósofos discutindo Platão, responsabilidade moral e estereótipo implícito.

Então a vida está cada vez melhor por aqui. Tenho um lar, doce, lar (e a cozinha oferece uma viagem aos anos 70), moro com gente maravilhosa, adoro o meu trabalho, o volume de trabalho aumentou consideravelmente, o verão está chegando e a cidade está cada vez mais agradável. Só sinto falta de cozinhar mais. Claro que cozinho o tempo todo no trabalho, mas sinto falta de cozinhar fora dele. Faço comida aqui em casa regularmente e como estou morando com onívoros não posso contar com o que eles preparam pra me alimentar. Mas o tempo é curto e o cansaço é grande, então preparo coisas muitos simples, como feijão (de todas as cores), muita couve do tipo kale, sopas, papa de aveia… Nada que já não tenha aparecido aqui no blog.

Porém semana passada fui invadida por uma vontade aguda de comer dal e como aqui tem uma população indiana e cingalesa grande é fácil encontrar especiarias e lentilha coral em qualquer mercearia. Na esquina do meu prédio tem uma mercearia de um simpático casal do Sri Lanka e em poucos minutos eu estava com todos os ingredientes pra preparar o meu dal. Então me dei conta que nunca tinha publicado uma receita de dal aqui no blog. É de uma simplicidade imensa, mas é uma das receitas que sempre faço quando preciso de algo nutritivo, que vai me alimentar durante horas e que fica pronto em pouco tempo.

Tradicionalmente a mistura de especiarias usada nessa receita (garam masala) é feita da seguinte maneira. As especiarias inteiras (não em pó) são tostadas em uma frigideira seca até começarem a soltar seus aromas. Depois elas são piladas até a mistura virar um pó relativamente fino. Isso é feito enquanto você preparar o prato, na quantidade que você precisar pra receita. Depois de moídas, especiarias vão perdendo o aroma com o tempo, por isso é melhor moer na hora em que você for usar, em pequenas quantidades, pra desfrutar do melhor que elas têm pra oferecer. Eu geralmente faço isso quando preparo pratos indianos, mas como expliquei mais acima, esse dal é uma das receitas que faço quando não tenho muito tempo e preciso de algo robusto e nutritivo. Por isso uso especiarias em pó, pra ir mais rápido. Mas é importante tostá-las no óleo de coco pra intensificar o aroma e o sabor.

Eu tenho um grande amigo francês que faz um dal delicioso. A gente se conheceu na Palestina e ele sempre preparava esse prato quando me chamava pra jantar na casa dele. A receita original usava manteiga, mas meu amigo veganaziva o seu dal substituindo esse ingrediente por margarina. Por mais que eu gostasse daquele dal quem leu esse post sabe que eu considero margarina o condimento do demônio (imaginando, claro, que ele existe e que parte do seu plano diabólico pra destruir os humanos é preparar condimentos pra gente. Suspeito que ele esteja por trás do glutamato monossódico também.). Então sempre pensava que deveria ter uma maneira mais saudável e gostosa de veganizar a receita do meu amigo.

A manteiga entra no dal pra dar cremosidade e untuosidade ao prato. Muita gente acredita que margarina é um bom substituto vegetal, e talvez o único, pra esse ingrediente. Mas além de ser criação do coisa ruim, como expliquei no famoso post, as qualidades gustativas e culinárias da margarina deixam muito a desejar. Manteiga é uma gordura saturada, por isso é sólida em temperatura ambiente. Margarina é feita com óleos vegetais (hidrogenados ou interestificados) e é composta basicamente de gordura insaturada. Por isso não oferece a mesma untuosidade, nem se comporta da mesma maneira em massas folhadas etc. Por muito tempo fiz dal só com azeite, mas nunca fiquei totalmente satisfeita com o resultado. Então lembrei que tem um óleo vegetal rico em gordura saturada (aquele outro tipo de gordura saturada que faz bem) e que por isso oferece as mesmas propriedades culinárias da manteiga: óleo de coco virgem. Claro que o sabor não tem nada a ver com o sabor da manteiga, mas nessa receita o suave aroma de coco casa perfeitamente bem com o resto dos ingredientes. Nasceu o dal dos meus sonhos, vegano, ultra cremoso e delicioso.

 Como eu disse, a vida está ficando cada vez melhor por aqui.

dal

 Dal

Duas coisas importantes nessa receita: a lentilha tem que ser coral (ela se desfaz depois de cozida, dando a consistência típica do dal) e o óleo tem que ser de coco e virgem. Expliquei o porquê do óleo no texto acima. Também expliquei porque usei especiarias em pó e não o método tradicional pra fazer ‘garam masala’. Então não deixe de ler o texto pra entender melhor a receita. Uma observação sobre óleo de coco virgem: como ele se solidifica quando a temperatura esfria, dependendo do frio/calor que estiver fazendo onde você mora o seu óleo estará líquido ou sólido. Isso pode gerar confusão na hora de medir as colheradas, pois quando medimos uma colher de sopa do óleo solidificado a quantidade é geralmente maior do que se ele estivesse líquido. Por isso na receita abaixo indiquei as medidas do óleo líquido e sólido.  E se você ainda tem medo da gordura do coco, leia esse post.

 250g de lentilha coral

1 folha de louro

1 cebola grande

4-6 dentes de alho grandes

1/2 polegar de gengibre fresco (opcional)

1cc rasa de cominho em pó

1cc rasa de semente de coentro em pó

1/2cc de cúrcuma

1/2cc de canela

1 pitada de cravo em pó (opcional)

1 pitada de cardamomo em pó (opcional)

óleo de coco virgem

Sal a gosto

Despeje as lentilhas em uma panela média e cubra com água fria. A quantidade de água necessária vai variar um pouco, pois quanto mais velha a lentilha, mais água você vai precisar e maior o tempo de cozimento. Comece com 1 parte de lentilha pra 3 partes de água e acrescente mais água durante o cozimento, se for necessário. Junte o louro e punhadinho de sal e leve ao fogo alto. Assim que começar a ferver baixe o fogo e cozinhe até a lentilha se desintegrar completamente e se transformar em uma sopa espessa.

Enquanto a lentilha cozinha, pique a cebola e o alho e rale o gengibre. Aqueça 2cs de óleo de coco líquido (1cs cheia se ele estiver sólido) e doure a cebola. Junte o alho e o gengibre (se estiver usando) e deixe cozinhar por mais 30 segundos. Junte todas as especiarias e toste, mexendo com uma colher de pau, até elas começarem a liberar um aroma intenso (isso só leva uns 15-20 segundos). Despeje a lentilha cozinha e mexa bem. Deixe cozinhar mais 5 minutos em fogo baixo, pra lentilha absorver bem os temperos e encorpar mais um pouco. Junte 2 cs de óleo de coco virgem (se ele estiver líquido. Ou 1 cs bem cheia do óleo solidificado) e misture bem. O dal tem que ficar bem cremoso e rico, então não tenha medo de juntar mais um pouquinho de óleo de coco se achar necessário. Prove e corrija o sal.

Sirva acompanhado de arroz basmati, ou sozinho. Rende 4 porções (se servido junto com arroz e alguma verdura) ou 2 porções como prato único. O dal pode ser conservado por vários dias na geladeira (o frio vai deixá-lo mais espesso, então acrescente um pouco d’água na hora de esquentar) e também pode ser congelado.

49 comentários em “Cada vez melhor

  1. Devo ter postado uma vez apenas aqui, mas sempre acompanho seu blog e suas andanças :). Em primeiro lugar fico feliz por você ter encontrado um lugar tão acolhedor para passar seu pouco tempo livre, com a companhia do Andrew e do Dani. Vim aqui escrever para pedir uma coisa: será que você poderia colocar os títulos dos livros do Andrew? Fiquei interessada em ler :). Muito obrigada! E que você seja muito feliz na sua estada londrina :).

    1. Obrigada!
      Os livros de Andrew foram publicados de maneira independente e os poucos exemplares foram distribuídos entre os familiares e amigos. Infelizmente eles não podem ser encontrados em lugar nenhum 🙁

  2. Oi, gostaria de saber se existe esse livro do seu amigo traduzido para o português. Para mim Jesus foi um grande revolucionário. Concordo plenamente com esse senhor seu amigo e gostaria de ler o livro dele.
    Obrigado!
    Abraços,
    Daniel Slon

  3. OI, Sandra, boa tarde.
    Estava já sentindo sua falta. Folgo em saber que “a vida está cada vez melhor por aí”.
    Grata pela partilha.
    Fiquemos bem.
    Leoni

  4. Fico feliz que você tenha conseguido essa casa tão acolhedora. Acompanho seus textos sempre e embora não seja vegana, mas acho que sou uma vegetariana no dentro do armario……rsrs

    1. “Vegetariana dentro do armário?” HAHAHAHAHAHA. Nunca tinha escutado isso. Como canta Zeca Baleiro “dentro do armário só tem bolor e naftalina. Vem cá pra fora meu bem, que só aqui é que tem amor e adrenalina” Estou te esperando do lado de fora 😉

  5. Oi Sandra!!! Faz pouco tempo que acompanho seu blog, mas já virei uma grande fã dele e de suas viagens. Também sou de Natal e recentemente escrevi um e-mail pra vc. Qnd puder me responde. Parabéns pelo blog.Acho que tá bom de vc tb escrever um livro, a maneira como vc escreve é fantástica e viciante. Beijão

  6. Seu blog, sua culinária, e você, são de uma delicadeza extrema. Delicio-me lendo suas histórias – e eu e meus amigos já nos deliciamos muito com suas receitas. Te desejo sorte, muito boa sorte! E obrigada por compartilhar suas experiências e conhecimentos.

  7. Sandra, adoro ler seus post, adoro mesmo! Gosto do seu modo de viver, mas não tenho coragem ainda de ser assim despreendida. Só não largaria a tv kkk pq eu amo televisão, não nego, odeio é rádio isso sim kkkk Ah, tenho uma curiosidade: como é sua vida face à tecnologia? Eu digo: vc é uma pessoa que usa smartphone, whatsapp ou seu celular é somente para o básico? Eu pergunto isso pq tenho uma relação de amor (que diminuiu muito ultimamente) e ódio com smartphone, mas já estou começando a cansar e preferindo celular somente para ligações. Bjs, conterrânea!!!

    1. Irliane, como moro no exterior ha 13 anos a tecnologia me permite de manter o contato com a minha família e com os amigos espalhados pelo mundo. Sem contar que Anne, minha esposa, não mora no mesmo país que eu e está sempre viajando. Tenho um smartphone e Skype e WhatsApp revolucionaram a minha vida! Poder falar e ver a minha mãe no domingo é uma alegria imensa. Ter notícias de Anne quando ela está trabalhando em Gaza (com bombas caindo do lado do apartamento dela) e ver o rosto dela na minha tela no final do dia não tem preço. Não imagino mais a minha vida sem esse tipo de tecnologia. Já FB e afins não me seduzem tanto. Uso FB e Instagram somente pra promover o blog e o veganismo em geral.

  8. Colega, vou testar a receita. Obrigada mais uma vez por compartilhar suas receitas.
    E sempre que quiser, o sofá de casa está a disposição!

  9. Que bom vê-la assim tranquila. Dá pra perceber o brilho de seus olhos! Boa estada aí na Londona, como diz uma amiga que a-do-ra Londres! E ficamos “na escuta” de suas novas criações.

  10. Que interessante! Diz onde é o restaurante onde trabalha que talvez possa desfrutar das iguarias de sua cozinha. Estaremos ai do dia 16 a 23/06/2015

  11. A vida em Londres pode ser muito boa – quando tudo corre bem, é boa demais 🙂 Vivi ai 10 anos e quis voltar, mas, infelizmente, não daria para estruturar a minha vida na cidade – com filha, gata, trabalhando de freelance e marido de autônomo, é impossível arcar com todas as despesas e viver tranquilo. A cidade está muito cara, absurdamente cara, e os salários, baixos. Achei graça você dizer “dificuldade em encontrar aluguel barato na cidade” – eu diria “impossibilidade”, infelizmente isso não existe nem nunca existiu nas décadas mais recentes. O que há é o viver mal, empoleirado, ou de favor. Ou com base em algum subsídio social. Enfim, muito bom que você tenha encontrado um porto, que tudo continue a correr bem! Um beijo!

  12. Oi Sandra! Apesar de nao ser vegana, gosto muito do seu blog. As receitas sao incriveis. Em qual restaurante voce trabalha? Indica algum vegano legal em Londres? Estou morando no interior da Inglaterra, mas estou sempre em Londres e queria conhecer um vegano legal, ja que na maioria das vezes que quero comer algo mais saudavel, acabo parando na Whole foods mesmo
    Obrigada e sucesso!

  13. Sua linda maravilhosa, que bom saber que está tudo bem e que arrumou uma nova família!! Cada uno da lo que recibe y luego recibe lo que da, clichê but true. Saudade gigante, fica bem, se cuida, love you so! xoxo sororidade <3

  14. gostaria de experimentar passar que fosse uma temporada ai em Londres, o probLema e achar algum lugar para alugar, nem que fosse uma pensão você poderia me dar alguma dica?

  15. nossa, que bacana essa estoria com final feliz! 🙂 sabe que eu tambem fiquei viciada em podcast? eu gosto muito de um chamado very bad wizards, tambem sobre filosofia e moral. recomendo! vou ver sua recomendacao. obrigada.

  16. Sandra,
    Se quiser usar o garam masala pronto seriam quantas colheres?
    Muita felicidade nessa nova jornada.
    Ah: não esqueci do carbonara vegano não rs e nem de um tal curry que alguém já disse aqui que é “porreta” 🙂
    P.S: Tem um prato indiano que comi uma vez que AMO. É o mattar paneer, normalmente eles fazem com queijo mas dá para fazer com tofu ou apenas com as ervilhas.
    bjs

  17. Sandra, tb adoooro ler seus post. Fico feliz em saber q estais com amigos! Vc realmente, vive como eu gostaria de ter vivido, bem independente e mudando de lugar. Quem sabeem outra encarnação, certo? Aos 62a não tenho mais disposição para tal.BJ Ah!e o livro do seu amigo tem em português?

  18. É a primeira vez que visito seu site e já amei. Primeiro porque tenho procurado um estilo de via mais saudável tanto pra mim quanto pra minha família. E segundo porque morro de amores por Londres. Até hoje foi o lugar mais fascinante onde estive. Vou acompanhar todos os seus posts daqui pra frente. Bjs

  19. Olá. Fico feliz em ler suas escritas. Talvez me pareça o destino, não sei. Fico feliz…Você me passa coragem, tranquilidade, desprendimento das “coisas”. Estou aqui porque entendo um pouco mais da vida e estava procurando entender meu corpo e minha alma. Equilíbrio. Altos e baixos. Acho que a vida é uma passagem, muito breve!. Entendo melhor porque nos matamos comendo. A vida é muito breve mesmo, mas eu me sinto bem ao equilibrar meu corpo (alimentação natural) e minha alma (pensamento). Você me parece que procura algo e eu acho que já achei. A simplicidade da vida me parece estar aqui, no mesmo lugar, falando com as mesmas pessoas….comendo apenas “comida”…estranho….desejo a você a vida. Me desculpe….minha “filinha” esta me chamando….(20 anos, paralisia cerebral)…abraço!

  20. Oi Sandra,
    Muito bom texto. Gostaria muito de ter uma pessoa, no caso um ex-pastor protestante, ou alguém que tenha estudado teologia, para conversar a respeito deste assunto tão polemico – Jesus e sua mensagem revolucionária. Acho este tópico realmente fascinante e tenho lido muito a respeito. É uma chance única de ter alguém assim, com esta experiência, para conversar, discutir. Tenho acompanhado seu blog sempre, não pelo fato de ser vegetariana, apesar de apreciar e algumas vezes até usar algumas sugestões suas, mas principalmente pelo seu ativismo, textos e andanças pelo mundo, como se fosse um de blog de cozinha, misturado com muitas coisas mais, inclusive blog de viagem. Boa sorte nesta tua estadia londrina.

    1. Fico muito feliz em saber que meu blog consegui ultrapassar o campo da culinária vegetal e que tantas pessoas frequentam esse espaço porque também apreciam o que escrevo quando não estou falando de comida. Muito feliz, mesmo.

  21. Ola Sandra.
    Muito obrigado por manter esse blog, só tem adicionado à minha vida. No meu dia a dia entre trabalho e faculdade (mas principalmente no trabalho) só ouço e vejo gnt falando sobre futilidades inúteis, desinteressantes e ofensivas e tal. Então quando leio qualquer coisa aqui ja fico me sentindo melhor, le do sobre coisas interessantes, úteis e muito necessárias eu diria.
    Gostaria tambem de perguntar se teria como eu encontrar em algum lugar os livros do seu amigo, pois fiquei muito interessado em ler. E assim q eu passar na zona cerealista de novo vou experimentar essa receita de lentilha q parece ser incrível. 🙂

    1. Rafael, infelizmente os livros de Andrew só podem ser encontrados por aqui (e por aqui eu quero dizer: na casa dele, já que ele só imprimiu poucas cópias) e em Inglês.

      E que alegria saber que você acha o meu blog interessante e útil e que ele te faz sentir melhor 🙂

      1. Puxa, q pena. Mas td bem então, vou ver se tem outros livros com esse tema por aqui. 🙂
        Sim, pois é, eu tenho estado tão rodeado de gnt fútil ultimamente q ler o seu blog é um alívio. Heheh

  22. Sandra, querida!
    Acompanho seu blog há tanto tempo, mas nunca comentei, sequer agradeci pelos ensinamentos (só pela papa de aveia já estaria eternamente grata!). Mas seu relato me deixou tão tocada que não pude deixar de registrar. Obrigada, de coração, por renovar a nossa fé, por ver que o universo é sábio, que nos ampara e nos coloca onde devemos estar. Um abraço bem apertado daqui de longe!

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