Cinco anos depois

Esse blog nasceu na Palestina, cinco anos atrás, no inverno. Fazia meses que eu dizia querer começar um blog, sem nunca colocar a ideia em prática. Anne insistia que a ideia era boa, que minhas receitas eram boas, que a minha escrita era boa… Mas no fundo uma voz me dizia: ‘Quem vai querer ler o que você tem pra dizer?’, então eu tratava de me ocupar com outras coisas e desistia do blog. Até que nesse famoso inverno Anne foi pra Gaza e eu fiquei em Belém. Uma noite eu perdi o sono e, sozinha na sala da minha linda casa de pedra, a dois passos da igreja da Natividade (onde Jesus nasceu), criei o Papacapim.

Meu objetivo era, como está escrito lá em cima, desmistificar a culinária vegetal. Eu queria mostrar que veganos não comem só folhas, que comida vegetal pode ser extremamente interessante, variada, acessível, saborosa e capaz de seduzir até onívoros. Os blogs veganos em Português que cruzaram o meu caminho nessa época ofereciam receitas que agradariam a Sandra de 15 anos, se eu tivesse me tornado vegana durante a adolescência. Acabei percebendo que isso faz sentido, já que muitas pessoas se tornam veganas no final da adolescência e nessa fase geralmente temos uma quedinha por junk food (por isso via tanta receita de coxinha, bolo de caneca e estrogonofe de proteína texturizada de soja). Mas aos 26, com um paladar adulto e mais exigente, eu queria comida de verdade, cheia de vegetais, com sabores mais intrigantes e mais sofisticados. Talvez eu não tenha procurado direito, talvez as receitas que apareciam na minha cozinha já estavam sendo publicadas em outros blogs brasileiros, mas o fato é que o Papacapim nasceu porque eu achava que tinha um buraquinho virtual que eu podia preencher. Na pior das hipóteses, pensei com meus botões, eu terei um registro on-line das minhas invenções, desocupando o espaço que elas ocupavam na minha mente.

Minhas aspirações eram tão modestas que levei alguns meses antes de começar a contar às pessoas ao meu redor que eu tinha um blog. Apesar de ter nascido em fevereiro de 2010 o blog se manteve secreto até o final de abril, início de maio. Por isso resolvi comemorar o aniversário do Papacapim nesse período do ano, que foi quando ele se tornou público.

Durante meses eu só tinha duas leitoras: minha irmã Lila e minha amiga Monalisa. Mas o prazer que eu sentia ao preparar os posts (criar as receitas, fotografá-las e escrever os textos) era tão grande que a falta de popularidade não me desencorajou e segui em frente, feliz da vida. Eu tinha arrumado meu lar virtual, preparava comida com todo o amor do mundo, colocava na mesa e esperava os convidados aparecerem. E aos poucos eles foram chegando. Pelos comentários que vocês fizeram, a maioria das pessoas chegou no blog procurando uma ou outra receita específica e acabou ficando porque , além de terem sido seduzidas pelas receitas, se encantaram com a conversa.

Ao mesmo tempo que a turma participando desse banquete virtual aumentava, fui explorando outros assuntos. Primeiro timidamente, com medo de algumas pessoas pensarem que, agora que eu tinha fisgado a atenção delas com receitas veganas, eu ia aproveitar a audiência conquistada e mudar de assunto. Pra minha grande felicidade ninguém reclamou. Assim a Palestina e o meu ativismo pelos direitos humanos entraram no blog e nunca mais saíram. A partir daí fiquei tão à vontade que tirei a roupa (metaforicamente). Abri meu coração várias vezes e descobri que tenho os melhores leitores que passeiam por essa world wide web.

Depois do nascimento do blog naquela noite de inverno palestino, mudei de casa (e país) duas vezes. Perdi a conta das atividades em que me envolvi (remuneradas ou não, mas todas lícitas, juro!). Meu ativismo se expandiu. Meus interesses se alargaram. Descobri novas paixões, novas lutas. Meu estilo de culinária evoluiu. Meu estilo de fotografia também evoluiu. E tudo isso ficou refletido aqui no blog. Posso abrir qualquer post, ao acaso, e ao lê-lo sei exatamente onde eu estava e como eu me sentia, as dificuldades e felicidades que povoavam minha vida naquele exato momento. O que era pra ser um blog de receitas veganas virou algo com um significado muito maior pra mim. É uma plataforma onde minhas três paixões (culinária vegetal, ativismo e escrever) se encontram. É onde eu reúno as coisas que são importantes pra mim e compartilho com quem quiser ouvir. Porque a mágica só acontece quando o que eu tenho pra dizer passa pro lado de lá da tela.

De vez em quando também acontece de algumas coisas passarem pro lado de CÁ da tela. Muitas pessoas que acompanham o blog me escreveram nesses cinco anos. Não caberia em um post todas as coisas lindas que elas me disseram. Muitas histórias me tocaram na alma e encheram meus olhos de lágrimas. Muitas me fizeram passar um dia inteiro com um sorriso de orelha à orelha e com o coração inchado de alegria. As pessoas que escrevem esses emails geralmente querem me agradecer pela inspiração, pela ajuda que encontraram no blog, pelas dicas que tiveram um impacto positivo na vida delas e pelas receitas que alegraram seus almoços de domingo. Algumas foram além da comida. Nunca esquecerei da enfermeira que me escreveu contando que só depois de ter começado a ler o meu blog tinha descoberto algo que até então estava totalmente ausente na sua profissão: que ‘alimentar’ também era uma parte fundamental do ‘cuidar’. Desde então a alimentação tinha adquirido uma outra dimensão e tinha se integrado aos cuidados que ela oferecia à mãe doente de câncer. Ou da jovem que me escreveu contando que depois de ter falado pros pais que era lésbica eles reagiram com violência verbal e física e enquanto ela atravessava esse inferno, meu blog tinha sido um refúgio pra ela e que “foi lendo o seu blog e suas histórias inspiradoras que eu achava forças para seguir em frente.” Então percebi que o blog tinha se transformado em algo muito maior do que uma coleção de receitas veganas.

A comida foi o ponto de partida da minha revolução pessoal. Primeiro me tornei vegana, depois abandonei o mestrado em Linguística pra me dedicar à culinária vegetal, em seguida me mudei pra Palestina e ajudei a criar um projeto de empoderamento pra mulheres refugiadas, criei o Papacapim… E a comida estava sempre no centro de tudo. Hoje, depois de ter passado vários anos na cozinha, meditando, transformando o meu alimento, criando, alimentando as pessoas que eu amo, afogando minhas mágoas, celebrando vitórias, relembrando, distribuindo amor com cada garfada, inspirando, compartilhando meus conhecimentos e ajudando a construindo um futuro melhor, me convenci de que cozinhar é um ato emancipador, empoderador e revolucionário. É uma maneira de resistir (à ocupação militar israelense, como as mulheres do campo estão fazendo, às doenças que atingem a população mundial e já causam mais morte do que a fome e a pobreza) e de lutar (por um mundo mais justo, por mais compaixão com os animais humanos e não humanos, contra a destruição do planeta, por uma vida mais vibrante e cheia de energia). Então comer é um ato político e cozinhar é um ato revolucionário, de resistência e empoderador.

E exatamente no mês em que o blog completou cinco anos recebi o email de uma leitora que foi o melhor presente que alguém poderia ter me oferecido. Violeta contou sua história de uma maneira lindíssima, cheia de humor e lirismo e me mostrou mais uma vez o poder transformador que cozinhar o seu próprio alimento tem. Esse email, que li no andar de cima de um daqueles ônibus típicos que tem aqui em Londres, no caminho do trabalho, me emocionou ao ponto de me fazer chorar. Duas vezes. Depois saí contando pros amigos, pra família e pra quem ia passando pela minha frente. Aquilo era lindo e inspirador demais, eu precisava dividir com o mundo! Então perguntei à Violeta se poderia publicar o email dela aqui e ela fez a gentileza de aceitar.

Oi, Sandra!

(ou [A] Papa, como eu gosto de chamar, quando tenho conversas imaginárias contigo ou quando falo pras pessoas que esse pão delicioso aí é receita da Papa e pra elas, por favor, entrarem no site pra poderem mudar a vida delas também)

[AVISO: conteúdo do texto altamente metafórico, a autora teima em achar que sabe filosofar (e pior ainda, poetisar!). Você foi avisada!]

 Apesar de tudo isso, eu só comentei no site duas vezes, há uns dois anos, acho. Você com certeza não se lembra, nem faz ideia de que QUASE botei a mochila nas costas e fui pra Natal no começo do ano, só pra poder te conhecer (e não aconteceu porque na época eu estava organizando uma mudança de casa envolvendo quatro cidades diferentes e não consegui terminar tudo a tempo de te [stalkear] conhecer)

Há muito tempo que fico procrastinando esse meu e-mail! Acho que a gente gosta muito de viver na terra da fantasia, de ficar só imaginando que “um dia vou mandar um email, e vai ser lindo, e vou chorar…) mas trazer as coisas pra vida real dói, dá medo e a gente vai deixando tudo nos braços de Morfeu.

Então hoje eu vim fazer uma visitinha no site e vi a notícia do Tour e falei, nossa, tem que mandar email pra saber mais. Pensei em deixar pra lá (MUITO provavelmente não tenho bufunfa suficiente pra ele, hello!, estudante universitária falando aqui!), mas dessa vez falei, NÃO! Vou mandar o email e vou falar, e vou jogar Morfeu pra escanteio! HA!

Sabe, querídissima Papa, o momento em que eu abri o seu Papacapim foi uma virada na minha vida. Eu não sabia, não tinha idéia, só queria fazer um blog, tive a ideia de chamar *papacapim*, fui ver se já existia, BANG!

(Pausa pra imaginar o poderoso punho do ativismo político-gastronômico me acertando no estômago!)

Aquele foi o momento que descobri: eu tinha vivido uma vida sem paixões. Nada. Eu me julgava tão bem informada, tão militante pelas minhas causas, tão íntegra e na verdade eu só era… chata. entediante. desapaixonada pelo mundo.

Não, eu não tinha me apaixonado pela vida e ficado decepcionada. Eu simplesmente tinha decidido, desde muito nova, que aquilo tudo era uma droga mesmo, e eu não queria nada com aquela realidade enquanto ela não fosse um pouco melhor. Então eu esperneava e lutava, desprezando o mundo, me mantendo longe dele, sem dar uma chance pra ser conquistada…. E quando viver numa torre de mármore doía demais, eu permitia um affair, um caso de alegria e prazer com a vida, vivido nas sombras da noite, amando ilicitamente essa coisa sem nome, linda demais, que é viver. E então me repudiava, me maltratava, sendo fora-da-lei e carrasco no mesmo corpo. Eu tinha sim, paixões!, dizia a mim mesma. Era a mais apaixonada das criaturas, navegando numa cruzada contra o mundo! Isso sim era paixão nobre, merecedora! Não tinha tempo a perder com bobagens!

Tola criança!

Vivia uma vida cinza e sem prazer, me vangloriando disso – e, horror dos horrores, desejando o mesmo para todo o mundo!

Então, exatamente como qualquer comédia-romântica-hollywoodiana-com-mulher-séria-profissional-que-desconhece-o-amor-e-se-apaixona-sem-querer-numa-aventura-cheia-de-diversão-na-sua-Sessão-da-Tarde!, em alguns momentos, mal sabia eu, a vida me seduziu, e o caminho não teve volta.

E foi no seu site. E foi porque você decidiu compartilhar todo o amor que tem por viver com o mundo inteiro. E foi porque você colocou alma nas suas receitas, suas palavras, porque você salgou seus quitutes com lágrimas, adoçou com cafuné, temperou com risos. Como casais sempre vão se lembrar do primeiro encontro, eu sempre vou me lembrar daqueles primeiros dias, quando aquela coisa maravilhosa tomou conta de mim, quando eu acordava sorrindo pensando em aveia dormida, e ia dormir pra sonhar que rolava na feira abraçada com uma melancia. Pra mim, foi onde tudo começou de verdade.

Ah, eu vivia a mais maravilhosa Lua de Mel de Ágave com o mundo!

Me apaixonar pela comida foi só o primeiro affair dessa festa swing loucona que ando vivendo desde então. Em dois meses, dei um pé na bunda da minha cidade quente, poeirenta e elitista; pé na estrada, fui viajar um pouquinho – que virou um poucão e, um mês depois, fui parar em Natal!

É um filme lindimais, o tal Forrest Gump – e só faço arrepiar toda vez que vejo aquela menininha, tão pequena, com os joelhos na terra, olhar pro alto e sussurrar: “Dear God, make me a bird, so I can fly far far away from here”. Queria asas. Todos queremos nossas asas.

E foi naquela viagem pra Natal que dei meus primeiros voos. A minha professora podia não estar ali, mas aquele lugar falou comigo. A liberdade que encontrei ali sussurrou e encontrou seu caminho pra dentro dos meus ossos, de pássaro agora.

Um mês depois, estava morando na minha casa nova, no interior de Minas dessa vez. Nossa, como vivi! Trazia gente querida pra casa, fazia sanduíches de hommus, lasanha de berinjela e vitamina de banana e aveia. Fiz piqueniques de falafel no parque, enquanto lia sobre a necessidade de sermos humanos, mamíferos pulsantes, ao invés de homens de lata. Escrevi poesia enquanto tomava sopa cremosa com lentilhas. Eu não precisava me reinventar. Eu precisava me inventar!

Em dias menos gloriosos, comi pão com feijão re-amanhecido várias vezes na geladeira, cremosíssimo, cheio de pimenta e alegria, como se comesse um banquete. Em dias menos gloriosos ainda, miojo com gengibre, tomate e shoyo, imaginando um yakissoba todo colorido. Cada item da minha cozinha era um tesouro à parte, cheio de receitas para sussurrarem nos meus ouvidos famintos de ideias.

Cantei recolher cada bago do trigo/forjar no trigo o milagre do pão/e se fartar de pão para cada bola de massa que botava pra dormir, amando cada dia mais o pão nosso de cada dia.

E, quando o ano terminou de novo, com a mochila nas costas e esse caso de amor – agora incurável – pela vida, fui viajar. Na beira do asfalto, pedindo bondade e alguns quilômetros a mais para todos que passavam, aprendi tantas outras coisas, que a comida não poderia me ensinar, mas que só o alimento pôde sustentar. Muitas vezes, esse alimento era água e banana. Mas ah, as coisas que vi! Amei o calor, o suor, o frio, a fome, a barriga cheia demais, o céu nublado e as estrelas. Odiei também. E senti medo. Muito medo. Daí fiquei viva.

Andei descalça. Aprendi que eu era bicho também. Esqueci e tive que aprender de novo. Desaprendi mais do que aprendi, porque ficar vazia é tão mais interessante às vezes.

E agora, a viagem acabou, outras coisas surgem. Como aplicar tudo isso nessa vida louca de cidade grande que levo agora? Morar na capital é lindo, e essa roça grande de Belzônti é deliciosa, mas cadê essa vida linda? E ser bicho? E cadê minha lasanha de berinjela quando fico 12, 14 horas fora de casa todo dia? E as sopas demoradas? Os mingaus? E quando é preciso pegar ônibus pra poder fazer piquenique no parque?

Como ser mamífero num ambiente que me ensina todos os dias a sermos homens de lata? Pior ainda, como tratar de outras gentes, conhecendo-as humanas, mamíferas, quando nos pedem o tempo inteiro para sabê-las apenas como átomos, células, tecidos, cânceres e nos dizem que suas histórias só nos servem se forem histórico clínico? Suas dores de nada nos interessam se não forem físicas, seus sofrimentos devem ser tratados apenas com cartelinhas mágicas, não com palavras e abraços reais. Como lutar contra isso sem precisar guerrear?

Não tenho resposta para nada disso ainda. Mas agora já aprendi a me inventar. Me empoderei. Preparo minha vida com carinho e banho-maria. E tudo, tudo isso começou aqui, nesse seu site lindo, com suas aulas de vida disfarçadas de culinária. Porque preparar o próprio alimento não é simplesmente picar, aquecer, salgar. É dizer que somos poderosos o suficiente para escolhermos o que entra na nossa vida, na nossa alma, em nosso corpo.

Porque cozinhar é poder.

Obrigada, querida Sandra, por me apontar esse caminho.

 Amor e chá com biscoitos,

Violeta Braga.

Eu é que te agradeço, Violeta. Obrigada a todos vocês por estarem aqui. Obrigada por voltarem sempre, deixarem comentários, me enviarem emails. Obrigada pelo apoio, por me deixarem entrar em suas casas com minhas histórias e receitas. Por me convidarem pra mesa de vocês. Pelo carinho e por me inspirarem e me encorajarem a continuar com o blog. Bendita a noite em que eu criei o Papacapim! Graças ao blog e à comida que eu crio entrei em contato com pessoas incríveis e fiz amigos maravilhosos. A minha gratidão será eterna. Talvez ele tenha inspirado e transformado a vida de várias pessoas, mas podem ter certeza que a maior transformação de todas aconteceu do lado de cá.

PS Estou pensando seriamente em imprimir em uma camiseta a frase “Cozinhar é poder.” E de substituir “Eu te amo” por “Você é o tahine do meu hummus” (uma versão romântica de outra frase ótima que Violeta me mandou:)

35 comentários em “Cinco anos depois

  1. Nossa, me identifiquei muito com essa carta da Violeta! Apesar de estar em fase de elaboração de monografia e em pré-produção de um documentário (!), durmo e acordo pensando em comida vegetal, pensando que receita da Papacapim eu vou experimentar amanhã… Não dá pra testar receita nova todo dia, mas tô sempre planejando. Nunca escrevi um email, mas estou sempre por aqui, nem sempre pra procurar receitas, mas sempre pra me alimentar das palavras.

    Cozinhar é Poder! \o/

  2. Ainda bem que o seu blog cruzou meu caminho em 2011. Desde então, estou num caso de amor com a comida também.
    Vida longa ao seu/nosso Papacapim
    Beijos

  3. Olá Sandra, conheci seu blog no ano passado, e também posso dizer que bom que você existe com esse trabalho belíssimo. Gostaria de escrever como a Violeta. Indico a todos que desejam uma alimentação saudável. Vá em frente. Parabéns.
    Antonio

  4. Sandra querida, obrigada por compartilhar sua vida e suas maravilhosas e inesquecíveis receitas, amo todas elas!!
    Parabéns!!! que venham muitos e muitos anos de papacapim.
    Grande beijo!!!

  5. O blog já nasceu abençoado num lugar tão especial. Ainda bem que a Anne insistiu… sorte nossa! É apenas o melhor blog com as melhores receitas veganas e com as histórias mais bonitas, interessantes e mais bem escritas. Simples assim! Um presente pra quem tem o privilégio de poder acompanhar e curtir. Obrigada, Sandra, parabéns pra você e pro blog!

  6. Algumas pessoas acham loucura quando converso sobre esse poder de cozinhar, de escolher o que comemos (e colocamos nas nossas vidas como a Violeta disse). Bom… Mudou a minha em todos os sentidos possíveis e continua mudando. É como se saíssemos do nosso casulo. Obrigada pelo blog. O efeito que ele causa em tantas pessoas também aconteceu comigo. E obrigada a Violeta pela carta maravilhosa e inspiradora (coincidência incrível porque estou planjenando fazer algo parecido com o que ela está fazendo). Gratidão mesmo! 😀

  7. Obrigada, Sandra, por compartilhar mais essa beleza! Como disse a Violeta, seu blog são “aulas de vida, disfarçadas de culinária.” mas o “disfarce” pulsa tão forte quanto a vida!

    Atendendo ao que diz a mineira Cora Coralina:

    “Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
    Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
    E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar.

    Você toca nossos corações e, como dizia uma antiga canção de Parabéns, “Faço votos que chegue ao centenário. Parabéns, parabéns!!!

  8. Me emocionei com esse mail também! Consegui imaginar a sua emoção!
    Sigo o seu blog acho que a quase 3 anos. Como a Violeta, encontrei ele quando resolvi escrever um blog também, escrevi por um tempo e acabou ficando parado ( falta de tempo e dedicação) mas nesse processo de escrever um blog acabamos aprendendo tanto e descobrindo tantas coisas maravilhosas como o Papacapim. Parabéns por este lindo trabalho! Obrigada por toda essa inspiração!

  9. Nossa…5 anos, ja?? O tempo passa rápido. Parabéns, dear sis! Ler seus posts me faz querer lutar por um mundo melhor. Você é um ser maravilhoso. Sou extremamente ORGULHOSA em te ter como irmã!!!
    Parafraseando Violeta, cozinhar é poder SIM!

  10. Que maravilhoso! O melhor de tudo é que nessa panela da Papa só entra seres lindos e iluminados! Me emocionei muito com o e-mail de Violeta, grande ser de luz. Agradeço a você Sandra, grande inspiradora para minhas receitas!!!
    E cozinhar é poder, é respeito, é equilibrio e é amor!

  11. Olá, Sandra! Descobri seu blogue em uma Googlada, completamente por acaso… Já nem me lembro mais que receita buscava aqui. Fato é que adorei sua escrita e desde então tenho “devorado” seu blogue a colheradas, é de lamber os beiços. 🙂 Me interesso por uma culinária mais vegetal por uma certa preguiça: moro sozinha e acho que cozinhar vegetais e saladas é mais prático e faz menos sujeira do que preparar carnes, além da vantagem de ser mais saudável. Além disso, adoro a cozinha árabe e mediterrânea e é uma delícia “viajar” com suas receitas pelos países que você atravessa em seu caminho. Continue a jornada (e a escrita)! Xero de uma leitora pernambucana! 🙂

  12. Ler o Papa e colocar em prática o que se aprende é se empoderar, outra coisa… impossível não se emocionar por aqui. Obrigada por sua dedicação e carinho por nós leitoras e humildemente me intitulo uma aprendiz.

  13. Oi Sandra! Primeiro eu gostaria de parabenizar você pelo aniversario do blog! É muito bom ler uma coisa que sabemos que foi escrita com paixão (e isso se aplica tanto aos seus posts quanto ao depoimento lindíssimo da Violeta). Só queria comentar sobre uma coisa. Quando você esta falando de uma mulher homossexual, é preferível que você se refira a ela como lésbica. Nós, mulheres que gostamos de outras mulheres, não somos gays. Te digo isso como ativista lésbica. Somos LÉSBICAS porque quando falamos em “pessoas gays” ninguém lembra de nós. Somos lésbicas porque, no movimento LGBT, quem tem voz mesmo é homem. Somos lésbicas porque o machismo e a misoginia se fazem tao (ou mais) presentes dentro do LGBT quanto na sociedade em geral. Somos lésbicas porque, quando colocadas na mesma caixa que os homens, nós somos invisibilizadas. Compartilho isso contigo de ativista pra ativista, mas também de mulher para mulher, pois só nós sabemos o que é não existir porque homens estão junto. Spread the word! LÉSBICAS COM MUITO ORGULHO <3

  14. Descobri o blog procurando blogs vegetarianos quando estava amadurecendo a idéia de não comer carne. Sua culinária vegetal foi definitivamente um dos maiores incentivos que eu tive para virar vegetariana.
    Eu estou planejando meu bolinho tb, o Papa é minha maior inspiração. Meu marido diz que o nome do meu blog devia ser Papacapim 2 kkkkk, de tanto que eu falo na Sandra. Pior é falar como se você fosse uma pessoa íntima que eu conhecesse super bem, mas é essa a sensação de quem te acompanha sempre.

    P.s.: Fiz moutabal essa semana e entendi pq é seu patê predileto. Quem precisa de requeijão se pode usar moutabal, hummus e guacamole?

  15. Resolvi voltar e dizer que em aproximadamente 10 horas já li mais de 30 receitas (e suas respectivas histórias). Haja barriga no fogão para dar conta de tanta curiosidade culinária! Não sou vegana, nem vegetariana, mas sim uma grande apreciadora de comidas boas, saudáveis e cheias de sensações. Grande descoberta do dia. Viva!

  16. Sandra sonhei contigo noite passada. Fiquei imaginando vc imaginando como estranho e alguem q vc nao conhece sonhar com vc. Ai pensei, vc e famosa, simples assim. Acho q foi saudades…parabens pelo blog.

  17. Coleeega, que saudades!
    Agora vc é muito celebridade, risos, logo a pessoa mais low profile que eu conheço, chega a ser engraçado!!
    Vc merece todo o reconhecimento!
    Parabéns pelo niver do blog!
    beijos e Saudades
    P.S.: David tá um rapaz e vc não conhece ainda 🙁

    1. E apois! Eu continuo meio matuta (saí do mato, mas o mato não saiu de mim, como diz nossa colega Cida), é mesmo engraçado. Será que consigo conhecer David antes dele entrar na faculdade?

  18. e esse e-mail é só a pontinha do iceberg!! violetinha tem o poder de cativar e fazer todo mundo se apaixonar (pela vida e por ela). vi, eu sou eternamente grata por 1) ser sua cobaia na cozinha 2) ter a oportunidade de ter te conhecido. a melhor coisa do mundo foi ter virado sua amiga. eu te amo de um tanto!

  19. Sandra, Acabo de encontrar este blog por acidente e me pergunto por que não o encontrei antes? Infelizmente agora não tenho tempo para uma longa história, meu recreio já acabou. Dei uma olhada geral e estou impressionada com tantas coincidências! Eu atualmente moro em Bruxelas, e já passei também uma temporada na Palestina (2 temporadas de 3 semanas cada) trabalhando em Deheishe, com arquitetura, com o grupo DAAR, de Belém (me trouxe boas memórias ler o nome Beit Jala…). Como eu queria ir neste tour! Mas infelizmente neste ano não posso. Não vou nem começar a falar aqui como acho importante que as pessoas conheçam o outro lado do muro como eu conheci, por isso acho lindo o que você está fazendo. Poucos tem essa oportunidade e só veem o lado de cá do muro. Mas isso é outra longa história…
    Há um ano e meio eu e minha mãe temos um blog de receitas, o http://www.salcomalho.com. Não somos veganas nem vegetarianas, mas o blog começou porque ambas temos alergia ao leite de vaca e derivados e ela alergia ao glúten – já tive também alergia ao ovo, e minha irmã atualmente tem. Assim como você, isto nos levou à cozinha em busca de uma alimentação saudável e adaptada para nós. O blog cresceu e hoje temos muitas receitas e muitos seguidores. Hoje posso dizer que a nossa alimentação, a minha na Bélgica e a dela no Brasil é quase 100% feita em casa e por nós. Recentemente comecei a fazer meu leite de amêndoas (e foi por isso que vim parar aqui).
    Queria te dar parabéns pelo blog e pelo trabalho e convidar-te para conhecer também o nosso. Quem sabe fazemos parcerias no futuro?
    um grande abraço,
    Patrícia

  20. Conheci seu blog recentemente, já devo ter lido todas as suas receitas. Simplesmente adorei, você se mantem simples, mas seus posts tem muita personalidade, dá pra ver que você gosta do que faz, sei que isso é o ingrediente secreto para o sucesso, mesmo nessa rede de internet sem coração. Também tenho um blog que fiz recentemente, no inicio o tinha um proposito, que mudou completamente, me tornei vegetariana, acho que sempre quis, e me faltava o incentivo, e descobrindo você, tive mais certeza ainda, irei me inspirar em suas receitas certamente. Muito obrigada pela sua colaboração nesse mundinho. Parabéns pelos 5 anos.

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