“Me tornar vegana foi uma maneira de me tornar politizada”

Uma das razões que me levaram a escrever esse post foi ter percebido que muitas pessoas se interessam em saber como nós, veganos, nos tornamos herbívoros. Como gostaria de usar esse espaço pra compartilhar histórias, experiências e inspirar quem passa por aqui, decidi juntar uma coisa com a outra e pedir a alguns dos meus amigos pra contar aqui no blog como o veganismo entrou na vida deles.

E pra estrear essa nova série de posts eu entrevistei uma das minhas melhores amigas, Johanna, que também foi a primeira pessoa vegana que eu conheci. Quando nos encontramos pela primeira vez, em um albergue de Jerusalém, mais de cinco anos atrás, fazia somente dois meses que eu tinha me tornado vegana. Nossa afinidade foi imediata e ela se tornou uma das pessoas mais importantes na minha vida. Johanna também adora cozinhar e tenho a impressão de que passamos a maior parte desses cinco anos na cozinha ou ao redor da mesa. Refizemos o mundo com uma tigela de papa de aveia na mão, choramos nossas mágoas enquanto preparávamos o jantar e filosofamos horas a fio sem nunca parar de movimentar nossos garfos.

Johanna é alemã, mas já faz alguns anos que ela passa o seu tempo entre Tel Aviv, onde mora e trabalha, e Jerusalém, onde estuda música árabe (Johanna é violinista). Antes de vir pro Brasil entrevistei minha amiga em Jerusalém, entre duas colheradas de sopa (a minha era de jerimum, a dela era um minestrone). Com vocês, Johanna Riethmueller.

 “Eu me tornei vegetariana aos 12 anos. Um dia comi língua de boi na casa da minha avó e pela primeira vez fiz a conexão: a comida no meu prato era um animal morto. A partir daquele dia não consegui mais comer animais. Além de não comer mais carne, passei a  só consumir laticínios e ovos orgânicos, pois me preocupava com o bem estar dos animais.

Anos mais tarde fiz um estágio em uma fazenda orgânica de produção de leite (uma das melhores da Alemanha) e descobri que a etiqueta ‘orgânica’ não significava muita coisa em matéria de bem estar animal. Foi então que percebi que não comer carne porque eu não quereria maltratar animais, mas continuar consumindo seus derivados, era uma atitude hipócrita.

Então aos 16 anos me tornei vegana. Fiz a transição ao mesmo tempo que o meu irmão, que é alguns anos mais velho. Essa decisão fez com que eu começasse a pensar sobre o meu lugar no mapa político mundial. Onde eu me situava com relação à produção e ao consumo de alimentos? Percebi que o onivorismo se insere muito bem no sistema capitalista, que cria vidas, humanas e não-humanas, pra desperdiça-las. Me tornar vegana foi uma maneira de me tornar politizada e lutar contra a norma. É impossível separar o veganismo da minha visão política do mundo. Comecei a me perguntar: “Como quero tratar o mundo?” Comer carne é um ato de violência e eu não queria gerar mais violência no mundo. Pra mim esse é um raciocínio tão lógico quanto uma operação matemática.

Assim que me tornei vegana eu tinha uma atitude muito mais ativa na divulgação do veganismo. Eu participava de ações pró-veganismo em Hamburgo, minha cidade natal.  Agora que moro em Tel Aviv, onde o veganismo tem muitos adeptos, já não sinto mais a necessidade de fazer isso. Em Israel, e principalmente em Tel Aviv, veganismo se tornou algo popular.  Ao ponto de às vezes eu me sentir desconfortável, como se estivesse fazendo parte de uma moda.

Eu não tenho vontade de participar de ações que expõem a violência sofrida por animais em fazendas industriais e abatedouros, como mostrar vídeos e fotos de animais sofrendo nas ruas. Não gosto de terapia de choque, mas não desvalorizo nem critico o trabalho de quem escolheu essa linha de ativismo. Afinal não tem absolutamente nada de errado em gritar alto e forte as injustiças do mundo. Mas as pessoas já sabem da crueldade sofrida pelos animais de abate,  sabem que eles foram mortos pra que a carne chegasse no nosso prato. Acho que quando as pessoas me veem bem, saudável, feliz e sem comer nada de origem animal, isso é um incentivo muito mais forte pra que elas se tornem veganas. Pessoalmente prefiro esse tipo de ativismo: inspirar mudanças através do exemplo positivo, através da maneira como vivo. Ou namorando onívoros pra convertê-los 🙂 Eu promovo o veganismo sendo uma vegana saudável e feliz. Porém se sinto que as pessoas se interessaram pelo meu estilo de vida eu falo sobre o veganismo de maneira direta.

O veganismo abriu os meus olhos com relação ao mundo, mas também fez com que minhas papilas despertassem e descobri inúmeros novos sabores. Minha alimentação seria menos rica, eu comeria muito menos legumes, frutas, leguminosas e oleaginosas se não fosse vegana. Essa mudança também me fez acordar com relação ao consumismo na alimentação. Comecei a me perguntar de onde vinha a minha comida, que ingredientes entravam na sua composição. Comecei a me alimentar de maneira mais responsável.

Johanna, Judith e Sandra

Sei que como uma pessoa privilegiada de um país ocidental, cada vez que compro algo no supermercado eu prejudico direta ou indiretamente alguém. Eu tenho o privilégio de escolher o que como, por isso escolho ser vegana e isso me faz feliz. Sei que ainda tem vários antagonismos nas minhas ações. O fato de consumir café e chocolate é um bom exemplo disso. Esses alimentos são produzidos de maneira muitas vezes duvidosa, utilizando trabalho escravo, infantil e de uma forma geral os direitos desses trabalhadores são raramente respeitados. Mas, enquanto tento fazer o meu melhor em todas as escolhas que faço, acredito que mesmo em condições extremamente difíceis nós, humanos, ainda temos escolha, ainda que muitas vezes reduzida. Com exceção de alguns exemplos extremos podemos escolher continuar trabalhando aqui ou ir pra outro lugar. Já os animais não têm escolha nenhuma e não têm absolutamente nenhuma chance de escapar desse sistema de exploração e morte. Então ser vegana, pra mim, é também um ato de solidariedade com os animais. Continuarei a ser vegana enquanto for um ser com pensamentos políticos e éticos. Adotar o veganismo é o primeiro passo pra transformar o mundo em um lugar melhor.”

Você se tornou vegana durante a adolescência e vários leitores jovens me escrevem reclamando da dificuldade em convencer os pais a aceitarem o veganismo deles. Como seus pais reagiram?

Ao me tornar vegana comecei a preparar minhas próprias refeições e a me aventurar na cozinha. Ver que eu estava feliz com a minha opção, saudável e comendo pratos saborosos ajudou a tranquilizar a minha mãe. E tem mais. Ela nunca foi uma boa cozinheira então ela adorou quando eu assumi o controle do fogão. Meu pai, que se separou da minha mãe quando eu ainda era bem pequena, também não foi contra a mudança na minha alimentação. A esposa dele não come carne e ele já estava acostumado com maneiras alternativas de se alimentar.

Um conselho pra quem acabou de se tornar vegano(a)?

Seja um vegano feliz. E leia o blog de Sandra. Não precisa se punir comendo sempre a mesma comida sem graça. Aprenda a cozinhar, prepare comida vegana deliciosa e divida com os seus amigos.

Mas alguns onívoros se sentem incomodados pelo simples fato de ter um vegano na mesa e acabam atacando a pessoa com comentários desagradáveis…

A comparação que faço é a seguinte: antigamente se um machista encontrava uma feminista ele também se sentia incomodado e atacava. Até que chegamos num ponto em que ninguém mais tolera esse tipo de comportamento e se tornou politicamente incorreto ser machista. Acho que a situação vai evoluir de maneira parecida.

O que você acha do movimento que defende a carne orgânica, produzida de maneira mais humana e mais ecológica, que alguns chegam a chamar de ‘carne feliz’?

Concordo com alguns dos argumentos, do ponto de vista puramente ecológico, mas não vivemos nesse mundo orgânico perfeito. Quem defende a ‘carne feliz’ está pregando uma maneira de se alimentar que faria sentido em um mundo orgânico perfeito, mas não podemos esquecer que ainda vivemos a anos luz desse modelo. No modelo atual em que vivemos o veganismo ainda me parece a melhor opção. E eu acredito que animais têm alma, então matar animais pra comer sua carne é pra mim moralmente inaceitável.

Se a gente pudesse passar um dia na sua cozinha, o que encontraríamos no seu prato?  

Café da manhã: granola com leite de soja ou, quando estou com vontade de comer algo salgado, pão, uma pasta (como hummus) e uma salada crua.

Almoço/jantar: Procuro comer leguminosas várias vezes por semana. Gosto muito de acompanha-las com legumes assados e uma salada crua grande (procuro comer duas saladas cruas por dia). Quando quero preparar algo mais especial faço lasanha, quiche, pizza…

No dia a dia meus doces são frutas frescas, mas de vez em quando gosto de preparar bolos e biscoitos. Agora que ganhei uma máquina de fazer sorvete de Sandra vou começar a brincar com receitas de sorvetes veganos também.

Quais é o seu prato preferido?

Impossível escolher um só…

Então quais são seus três pratos preferidos?

Lasanha, sopa thai e meze (seleção de pastas e saladas, muito comum no mundo árabe, mas também em outros países mediterrâneos). Adoro preparar hummus, mutabbal, pasta de tahina e várias saladas cruas pra degustar com pão.

Se você soubesse que iria morrer amanhã, qual seria sua última refeição antes de deixar esse mundo? Você pode pedir qualquer coisa: algo que a sua avó preparava, um prato feito por um chef famoso… Qualquer comida vale, vegana ou não.

Definitivamente eu pediria algo vegano. Escolheria um prato simples e reconfortante, nada muito sofisticado nem gourmet. Macarrão com seu molho de queijo (vegano) e algum legume, talvez brócolis, mais uma salada de tomate cereja com azeite e vinagre balsâmico pra acompanhar. E de sobremesa pediria aquele seu cheescake de maçã e caramelo.

Divida uma receita simples e saborosa conosco.

Meu mousse de chocolate*.  Aqueça 400ml de leite de coco (quanto mais cremoso e rico em gordura, melhor) e, fora do fogo, junte 150g de chocolate meio amargo picado. Quando derreter completamente acrescente 5cs de cacau de ótima qualidade e açúcar a gosto (uso umas 3 ou 4 cs cheias). Bata vigorosamente com um batedor de arame (manual), até o cacau se dissolver e a mistura ficar levemente aerada. Transfira o mousse pro congelador (em um recipiente grande ou em copinhos, se quiser fazer porções individuais) e deixe umas 3, 4 horas por lá, até ficar firme, mas não totalmente congelado. No frio a mistura, que começou líquida, vai ficar com a consistência de mousse.

mousse chocolate

*Johanna levou seu famoso mousse de chocolate pro nosso brunch de casamento e ele desapareceu antes que eu pudesse fazer uma foto. Só sobrou o que vocês estão vendo acima.

(E quem quiser ver Johanna fazendo música é só clicar aqui.)

29 comentários em ““Me tornar vegana foi uma maneira de me tornar politizada”

  1. Sandra, quero uma amiga como vc e como Johana… rsrs, verdade, qdo virei vegana, uns meses após virar vegetariana aos 39 anos, eu não tinha ninguém p me ajudar, so uma família contra, que com o tempo consegui que meu marido virasse vegetariano e minha filha Thays virasse vegana, álias foi atrvés dela que conheci seu blog,
    Adorei a entrevista da Johana e me identifiquei muito com ela, só não sabia do café e do chocolate, sobre trabalho escravo, triste..né!!!
    bjus a vc Sandra e a Johana

  2. Sandra, gostei muito da sua palestra em Recife. Ainda sou onívora, mas muito em breve vou começar minha transição. Resolvi fazer aos poucos porque essa é a 3° vez que tento cortar a carne da minha vida e das outras vezes eu ficava sem saber o que comer e voltava pra carne de novo, por isso vou seguir seu conselho e adicionar para depois subtrair =D
    O que mais adorei é que levei meu namorado que também tava querendo virar ovo-lacto e ele começou a pensar no veganismo. Vou começar a fazer suas receitas pra ver se ele acha um bom substituto pro leite.
    bjos, adorei o seu blog

    1. Seu comentário me deixou duplamente feliz, Lina. Que bom que você gostou da palestra (confesso que estava muito nervosa antes de começar) e que ela serviu de inspiração pra você e pro seu namorado.

  3. Oi Sandra,
    Queria fazer uma pergunta, uma curiosidade que tenho sobre o veganismo e que foi esboçada na entrevista. É que o modo de produção agrícola atual é também super cruel com as plantas, que são estressadas ao máximo para produzir. Se na base do veganismo está um “não” à crueldade, o mesmo não deveria valer para os vegetais? Digo isso porque me parece mais “lógico” e respeitoso com a dinâmica da natureza consumir carne de animais criados em liberdade que consumir vegetais produzidos no sistema de stress hídrico (que faz a planta “acreditar” que vai morrer logo para impeli-la a apressar a produção de descendentes). Não é uma crítica, é uma curiosidade mesmo, gostaria de saber como vocês vêem essa questão.
    Um abraço, Roberta

    1. Obrigada por ter feito essa pergunta, Roberta. Vou tentar explicar da maneira mais clara possível.

      O veganismo realmente é uma filosofia que tenta excluir, na medida do possível e praticável, toda exploração e crueldade com animais. Animais são seres sencientes, ou seja, são capazes de sofrer e sentir dor. Plantas, apesar de terem um certo grau de consciência, não sentem dor. O pré-requisito essencial pra sentir dor é ser dotado de um sistema nervoso e isso não existe nas plantas. Nós sentimos dor pra poder reagir a um perigo. Quando um animal machuca outro animal, por exemplo, a vítima pode tentar escapar. Na natureza tudo faz sentido e seria um absurdo (e uma crueldade) fazer com que as plantas sentissem dor se elas não podem se locomover, ou seja, se não podem tentar fugir dessa dor.

      Mas mesmo deixando essa discussão (as plantas sentem ou não sentem dor?) de lado e imaginando por um momento que as plantas realmente sofrem durante o cultivo/colheita, ainda assim faria mais sentido comer só plantas. Explico. São necessários em média 7kg de vegetais pra produzir 1kg de carne, então comer diretamente os vegetais significa que você diminui a quantidade de plantas necessárias pra sua alimentação. Ou seja, ser herbívoro não exclui somente a crueldade com os animais, isso também reduz a crueldade com os vegetais.

      Claro que uma agricultura orgânica e respeitosa (com o meio ambiente, com as plantas, com os humanos que trabalham ali e que consumirão aqueles vegetais) é o ideal.

      Espero ter esclarecido sua dúvida.

  4. Descobrir o Papacapim foi uma benção! Já sou “viciada” na superpapa de aveia! Como todos os dias! E simplesmente adoooro suas receitas!! Adorei a entrevista da Johana e também acredito no ativismo através do exemplo positivo. Ao mesmo tempo fiquei reconfortada em saber que as agressões gratuitas não acontecem apenas comigo… Não fico doutrinando ninguém! Por que as pessoas não conseguem simplesmente respeitar minha escolha???
    Um abraço bem grande! Muita paz, alegrias e sucesso pra vc!!!

  5. Eu também adoro saber da história de outras pessoas, de como se tornaram veganas e como agem em relação a isso, especialmente na nossa sociedade atual.

    Sinto que faço muito pouco ainda, pois me parece às vezes que como sou agora, ser vegana é apenas não fazer o mal… Não prejudicar tanto os animais, o meio ambiente e até as pessoas. Mas ainda me sinto vazia e tenho vontade de fazer mais pelo nosso mundo… Ser mais ativa.

    Não conheço pessoalmente nenhum vegano, apenas uma lacto vegetariana. Conheço uma “ex-vegetariana”, o que me deixa triste. Às vezes me sinto sozinha, mas uma das coisas boas da internet é poder nos colocar em contato com tantas outras pessoas, como com vc e agora com a Johanna! Espero que continue com essa série de história, nos inspirando sempre!

    Ps.: Como é que é? Cheesecake de maçã e caramelo?!! Vai ter receita?! Mmmmmm!!!

    1. Vou continuar, sim, Aline. Acho importante sentir que não estamos sozinhos, que tem muita gente que pensa como nós por aí.

      Esse cheesecake é uma das sobremesas mais gostosas que já saíram da minha cozinha, mas os ingredientes não são tão fáceis de encontrar e dá uma trabalheira danada pra fazer, por isso ainda não sei se vale a pena publicar a receita aqui.

      1. Sandra, claro que vale a pena publicar a receita desse cheesecake! Tudo o que você publica é tão saboroso, imagino esse cheesecake de maçã e caramelo (uma combinação dos deuses)!
        Adorei conhecer Johanna e a deliciosa mousse. Bjs e abraços

  6. Muito legal!
    Me chamou a atenção o assunto dos pais que não apoiam os filhos vegetarianos/veganos. Minha pequena tem 13 anos, e há um ano não come carnes.Com família onívora e carnívora, recebo muitas críticas por apoiar sua escolha (sou nutricionista, teoricamente e literalmente falando, não deixaria nada faltar em seu cardápio, e mesmo assim as críticas vem). Ler seus textos reforçam saber que estou no caminho certo! Aliás, leio sempre, e essa é a primeira vez que escrevo. Parabéns pelo seu blog Sandra, ele é maravilhoso! No dia a dia, atendo pais veganos/vegetarianos que querem manter uma dieta na mesma linha para seus filhos pequenos, e esse blog faz parte das minhas indicãções diárias!
    Beijos

    1. Karine, nem tenho palavras pra te dizer o quanto fiquei emocionada com o seu comentário. Parabéns pela atitude respeitosa com relação à escolha da sua filha e muito obrigada por indicar o blog no seu trabalho. Espero que a partir de agora você apareça com mais frequência aqui nos comentários.

  7. Sei bem o que é se sentir sozinha… não tenho amigos vegetarianos, muitos menos veganos. É complicado pq as pessoas não entendem e muitas vezes são agressivas. Custa acreditar que as pessoas se incomodem tanto pelo fato de que não querer fazer parte do sofrimento animal. Mas é assim… no mundo virtual que vou trocando ideias e seguindo com minha filosofia de vida!

    E a descoberta desse blog foi um motivo de grande felicidade 🙂

    Abs,

    Giselle

    PS: Sandra, estive na Kouzina e fiquei maravilhada com o que podemos achar lá (feito criança em loja de brinquedo). Ainda tentei almoçar naquele restaurante no Mercado de Petrópolis, mas estava fechado 🙁

  8. Sandra adorei o que li, mesmo tbem preciso de amigos assim…as pessoas que me rodeiam sao criticas e impedosas com quem quer se diferente..é muito dificel viver com pessoas ignorantes assim…muito dificel fazer escolhas proprias que nao segue a maioria.. Ir contra o fluxo é relamente doloroso pra mim!!!! grata

  9. Fui ovo lacto durante 7 anos e somente neste último ficou insuportável a incoerência entre aquilo que eu acreditava e o que consumia. Liguei os pontos, assumi meu comodismo e trouxe pra minha vida as responsabilidades que até então eu preferia evitar: escolher melhor, procurar melhor, cozinhar melhor, esclarecer as pessoas que não são veganas, melhor…

    Como disse a Giselle, é difícil não ter a compreensão de amigos e familiares e enfrentar toda a agressividade alheia…mas ter uma consciência mais tranquila a cada escolha, principalmente quando somos privilegiados em poder fazê-la, faz tudo valer a pena!

    ps: meu marido, também ovo lacto, está embarcando junto comigo no veganismo e ao ler esse texto se sentiu mais motivado. obrigada e parabéns!! 🙂

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